quarta-feira, 7 de maio de 2008

gostar não é um sentimento fútil



Gostar não é um sentimento fútil. Gostar de alguém, no meu caso, é algo extremamente complicado, tal como Tiago refere à sua amada, Catarina.

Tiago: Catarina, não me julgues por não conseguir demonstrar que gosto de ti, não me julgues pela minha frieza, julga-me apenas pelo amor que sinto por ti. Amor que me consome a alma, desde o dia que te vi, numa estação, numa cama, à beira rio, em que instantaneamente fui levado por um sentimento unificador, a minha alma pertence-te, sabes disso.
Catarina, Pertenço-te!

No meio desta declaração, Catarina não contendo as lágrimas, devido à cumplicidade existente entre os dois, não poupa nas palavras e diz:

Catarina: como é que podes dizer que não podes viver sem mim se nunca o demonstraste? Esperei por ti meses e meses Tiago, nunca apareceste! Como é q achas que me sinto? Não podes nem tens o direito de dizer coisas que não sentes!

Tiago: Não sinto? Como podes dizer tal blasfémia? Não te consigo esquecer, tudo faz-me lembrar a tua existência, os teus cabelos louros, os teus olhos verdes de esperança. Odeio passar por ti no metro e baixares a cabeça. Enfrenta o que sentes! São os teus amigos que estão contra? Catarina gosto de ti dá-me uma nova oportunidade!

Catarina: Desculpa, mas tu não mereces, preciso de alguém maduro e não vais ser tu que me vais dar estabilidade emocional. Não passas de uma criança mimada que quando realmente percebeu que me tinha perdido entendeu que me amava. Tens muito que crescer.

Tiago: Pára! Estou farto de ouvir palavras infundadas, rebuscadas. Se queres que te esqueça diz-me, por favor diz-me, só assim é que posso reduzir-me à minha insignificância e apagar da minha memória toda a vontade ou desejo de querer o teu corpo de volta.

Catarina: Não posso dizer tal coisa.

Tiago: então vou sofrer para o resto da minha vida.

Nesta história ridícula, o Tiago é um parvo que devia ter juízo e esquecer Catarina. A Catarina pensa que sabe tudo “but she don´t have any idea”.

8 comentários:

Luís Miguel disse...

numa história nunca ha uma pessoa parva.
São pelo via dos factos, os 2.
Isto nao faz a Catarina nao o ser, mas tambem quem nao o é?

Di disse...

Um dia acaba-se por perceber que o que mais faz falta é o diálogo. É o que se vê aí: muitas coisas pressupostas.

Desculpa a "invasão"

*

Adão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adão disse...

Ao início apeteceu-me rir e fi-lo (Gargalhadas). Depois pensei e revi-me nesta situação (Gargalhadas novamente). Pois, já estive nos dois papéis. E tenho a confessar, que no papel “Catarina” é aquele, que foi vivido mais vezes. Ainda há pouco tempo passei por uma situação similar que me deixou KO.
O Tiago não é parvo nenhum… provavelmente não saberá o que quer. E como tal, faço uma panóplia de considerações sobre esse facto. Não considero normal, dentro da anormalidade do meio, que uma pessoa diga que gosta de outra pessoa e depois desapareça. Não acho coerente, que uma pessoa seja importante para outra e depois não tenha coragem de lhe dizer, que esteve com uma miúda e a engravidou. Não é comum dizermos que queremos estar muito com uma pessoa, e depois ofertamos indiferença. Não entendo, como é que desejamos estar com uma pessoa e depois perdemos a bravura momentânea e a chamamos de sufocante.
Eu pelo menos não percebo. Fará de mim, com toda a certeza, burro, no meio desta esperteza toda. Um dia, os ”Tiagos” conseguirão explicar-me o porquê. Bem sei, que somos todos diferentes, reagindo conforme a nossa matriz social… mas têm culpa os sentimentos das ”Catarinas” das descobertas dos “Tiagos”?
Nunca sabemos tudo… é um facto! Mas como podemos esquecer alguém… se não permitimos que esse alguém se esqueça de nós?

PopJustice disse...

uuuuuu

A Esquecida disse...

Sinto me como o Tiago. Agimos sem pensar na altura e quando nos apercebemos é demasiado tarde. Dói tanto saber o que perdemos... Doi tanto saber que jamais iremos recuperar... O amor dói:/

João Pedro disse...

Gostar de facto, não é um sentimento fútil!!! ;)

"Ekki segja "ég elska þig". Leyftu mér að finna það!" (Nunca digas «amo-te», deixa-te senti-lo!)

Se realmente o fosse, utopicamente nunca seria pensado a dois...

Correcção: Gostar (ainda) não é um sentimento fútil... há pessoas que tentam mudar o significado da palavra «gostar», bastantes pessoas... mas ainda há aquelas que acreditam na "utopia", e teimam em fazer do «gostar» a mais bela tela de pintura que alguma vez possamos ver.

Desculpa a "intromissão"

Carocha da beira da rocha disse...

Não acredito em segundas oportunidades. Se da primeira vez não deu certo foi porque muita coisa falhou, quanto mais não seja ambas as partes por serem fracas e incapazes de resolverem problemas em conjunto.
Contudo, acredito (e infelizmente sei que é verdade) que não basta estar na lama... as vezes é mesmo preciso esfregar bem a cara lá para ter a certeza que se fez tudo o que estava ao alcance...
Pelo menos a consciencia depois nao pesa.

Kiss*