quarta-feira, 9 de abril de 2008

guia...


Após a minha inconsciência ter tomado posse da minha alma compreendi, ou não, finalmente o que sou, onde estou e o que estou a fazer aqui. Nesta abundância de pensamentos tenho apenas a certeza de uma coisa, o ser humano, ser complexo e distinto, não pode, nem merece um sofrimento infundado, sofrimento que o atinja como uma flecha no coração, onde a ferida dificilmente desapareça.

Sim admito, estou carente, e depois?

Não és tu que vais reduzir este desejo imaculado de prazer "sentimental". Não serás tu, mas alguém (espero eu), se o destino o quiser ficarei sozinho, senão que me mande uma pessoa que não exagere na autoconfiança e na certeza que pode construir um mundo e um futuro a seu favor.

Preciso de ajuda para sair deste estado de perdição, alguém pode ajudar?

Escrevo palavras sofridas, com a esperança que uma alma penada me faça um contracto com o diabo, ou será, contrato? Com este acordo luso-brasileiro (que desde já digo ser CONTRA) nem sei bem o que escrever, de qualquer maneira, vou escrever como a minha mão guiar.

Guias-me? Preciso de um GUIA!

Duvido que as palavras ditas, escritas, sentidas, sejam acerca das minhas memórias (tal como alguém disse outrora), escrevo sobre o presente, não tendo vergonha de o admitir, admito que sofro, um sofrimento ténue que me faz acreditar que o meu dia chegará e nesse dia vou ficar em paz, quando a minha alma se libertar do meu corpo, corpo este que é uma barreira à plena felicidade.

Posso viver só com alma?


PS: apesar de tudo, fazes-me falta.

4 comentários:

Acompanhante de afectos disse...

pedrinhu

ficarmos dependentes de alguém é mm tramado. como 1 substância tóxica que nos vicia e da qual n nos conseguimos libertar. puk dp olhamos para td e td nos faz remeter para a outra pessoa.

olha boa sorte

Adão disse...

Percebo agora as barreiras. “O ser” mais um numa panóplia de contactos, igual a tantos outros. Gerando a desconfiança. Criando o desinteresse. Culpa minha… assumo! Sem pudor! Vítima de insistências idiotas e parvoíces pegadas, promovidas por alguém, que devia ter juízo. De facto não me conheces de lado nenhum. De facto não és meu amigo. De facto não tens que me dar justificações de nada. Por estes, e outros tantos motivos trato-te, aqui, com a distância criada. Com a indiferença, que por vezes sinto (sendo ela infundada ou não). Com a cumplicidade de dois estranhos que se cruzam na rua. Com o desvio de olhar de quem ignora.
E por mais conselhos, que lhe queira da, não o posso fazer… porque sou uma nulidade no campo do amor, do sexo…enfim; das relações entre pessoas. E é por isso também, que ando aqui a vaguear, perdido em sentimentos dignos do século XIX, morrendo com medo da vida, julgando o seu receio. Deveria dizer-lhe, que tudo passa. E é verdade. Fica sempre bem e ajuda no “luto”. Torna a resolução mais rápida e eficaz. Mas se o fizesse… estaria a ser um vil mentiroso, porque este sofrimento, embora necessário para chegar a um fim, demora a passar. Ressuscita de lembranças doces, vivendo através de memórias físicas indescritíveis. Recupera os momentos perfeitos, anulando os episódios menos bons, desenhando uma fantasia colorida, digna de um qualquer conto de fadas.
Mas não se preocupe, porque nestas vicissitudes tacanhas, aviva o amadurecimento. O seu. O meu. De todos o que nos rodeiam. Ajudam a construir a nossa matriz sentimental e a criar memórias, que mais tarde evitam situações similares.

E buscando aquela musica francesa que tanto odeia (Gargalhada) … atente àquilo que ela transmite… e à pergunta insistente que ela provoca… “se soubesse que morreria amanhã… o que faria?”.

Um abraço

PopJustice disse...

ja ha muito tempo que nao lia algo tao bem escrito adao.

Di disse...

Gosto de ler coisas assim, escritas com a alma. Acho que sei exactamente o que estás a sentir. É isso... Boa sorte.