terça-feira, 30 de dezembro de 2008

pedra no sapato


Começo assim mais um monólogo onde o problema existente reside, para não variar, na minha cabeça.

Não consigo separar, racionalizar os sentimentos que tenho por ti, pela outra, pelas outras. Não consigo apagar, desenhar um ponto final. Passaram doze meses e ainda continuas dentro de mim. Não sei se tinhas conhecimento deste facto, se não tinhas passaste a ter, não me és indiferente. Estou preso a ti, foste a única pessoa a quem consegui entregar por completo a minha alma, o meu amor, carinho e dedicação… por tua causa continuo a viver num mundo em que o meu amigo mais próximo é o sofrimento.

Nem a droga nem o álcool (a que tantas vezes recorri) apagaram o desejo de sentir novamente o teu corpo junto do meu. Continuo a desejar tocar-te, sentir que me pertences só a mim e a mais ninguém. Será que sinto apenas medo de não voltar a ter o que tinha contigo com outra pessoa e por isso continuo a querer refugiar-me no teu cais? Preciso enfrentar com determinação e ambição um futuro idealizado.

Andei a experimentar corpos, vários corpos, na esperança de te encontrar noutra cara, noutro corpo, mas a verdade é que a minha entrega foi apenas parcial. Tenho que mudar, sei que sim, mas só vou conseguir mudar quando esquecer esta emblemática frase que deambula pelo meu corpo: ”não te esqueças de mim porque eu nunca me vou esquecer de ti”, eu não te esqueci, ao contrário de ti que já encaixotas-te todos os sentimentos que possuías por mim. Muitos dizem que doze meses não são nada, PORRA, se passados doze meses ainda sentimos isto por alguém então é porque doze meses para mim são dois dias.

Cada vez sinto mais que estou a afastar-me da minha real essência, do meu “eu”. Não me reconheço. Onde é que está a minha dignidade? Tenho medo, sim, tenho medo de me tornar em alguém que por via de um desgosto desgrace a sua vida e a dos seus. Preciso de me sentar, viajar, para um lugar onde o anonimato seja absoluto, onde a minha presença seja absorvida pela imensidão de almas.

Tenho que meter um ponto final em todas as relações fracassadas, mal acabadas, de modo a que surja um novo “eu”, mais confiante e preparado para o futuro. Vou tentar pôr um ponto final no passado, passado é passado e tem que ficar para trás, e se um dia tiver que vir para o presente logo vejo o que faço.


Tal como um amigo disse no outro dia: ”se tiver que ser, será”.


Ponto final. (ou não)
.10.

6 comentários:

Todos os nomes disse...

desejo-te boa sorte.

eu gosto de pensar que como ha tanta gente no mundo é impossivel nao haver um outro alguem, tem de haver... mas nunca se sabe, se calhar nao ha mesmo.
sao maneiras de pensar.

apesar que cada um é unico no mundo ( que belo clichê lol)

Filipe D'Orey disse...

Não preciso comentar...
Sabes, foi tudo sincero, acredita.

Adão disse...

A tua dignidade está na tua consciência e lucidez. Se as perderes... então não és digno. Mas se eu disser que há pessoas que não valem a pena... ajuda?

Unknown disse...

sim senhor, temos escritor!
Entendo o que expressas aqui pois já passei pelo mesmo!... passa pelo meu blog para veres: www.estacaodservico.blogspot.com
Fica bem e que 2009 seja o que mais queres! abc

High Pressure Compressor disse...

Maravilhoso!
Parece que estás a escrever o que eu também sinto...

Anónimo disse...

tira a pedra, vais ficar cheio de bolhas ;)
(lol) força puto